Quer uma imagem do Brasil do futuro? Olhe para a Venezuela
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Quer uma imagem do Brasil do futuro? Olhe para a Venezuela
[size=15]A Venezuela é a nova Cuba. A Argentina está se tornando a nova Venezuela.
E o Brasil?
Os sinais da economia são claros: os brasileiros estão ingressando no estágio “argentino” do fracasso econômico e, em breve, experimentaremos o mesmo desespero dos venezuelanos. Quando a tragédia se consolidar, estará aberto o caminho para a cubanização do Brasil.
Sei que você, como o apóstolo Tomé, duvida do quadro negro que estou pintando aqui. É mais conveniente permanecer na sua zona de conforto mental, imaginando que sua família não vai sofrer toda a violência econômica, social e política que vemos nos países vizinhos.
Infelizmente, devo insistir: há um processo sócio-político em curso na América Latina que mergulhará o continente nos dias de trevas que cristãos do Leste Europeu, Ásia, África, e outras regiões do mundo já enfrentaram e, alguns casos, ainda enfrentam.
Mas não há motivo para desespero. O Brasil ainda está no primeiro estágio do processo revolucionário: podemos interrompê-lo. Lembre-se: os venezuelanos não achavam que seriam os próximos cubanos. E os argentinos acreditam que estão longe do caos da Venezuela.
Paramilitares na Venezuela; Black Blocs no Brasil
Com toda essa onda de protestos eclodindo e prestes a se intensificar no Brasil, a popularidade da presidente Dilma se mantém estável e ela deve ser reeleita no primeiro turno, sem dificuldades, apesar de tanta “insatisfação”.
O clima de insatisfação generalizada não interfere em absolutamente nada na popularidade do governo responsável por gastar bilhões para fazer da próxima a mais cara Copa do Mundo da história. Não existem coincidências na política.
A tática “Emmanuel Goldstein” está em curso no Brasil. Faço referência aqui ao modus operandis do governo “Grande Irmão” no livro “1984”, de George Orwell. Quem leu o livro sabe que a oposição ao ditador era de mentira e recebia dinheiro do próprio para agir.
Não é de surpreender que ninguém menos do que Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, julgue os Black Blocs legítimos, apesar da violência, e queira abrir um “canal de diálogo” entre os mascarados e o governo federal (*).
Toda a quebradeira que testemunhamos agora nas nossas capitais é orquestrada, financiada e realizada dentro de um “timming” eleitoral mais preciso que o relógio da praça.
Isso não é novidade. Todas as eleições de Chávez foram antecedidas de violência, conflitos entre grupos organizados e policiais, quebradeira e um forte clima de medo (**).
Diante da violência generalizada, o populista de plantão recebe o aval do cidadão aterrorizado para “reagir com total rigor”, colocar Exército nas ruas, e restaurar a ordem. Na Venezuela, as eclosões de violência foram seguidas de forte repressão estatal (***).
Aconteceu em Cuba com a caçada aos “traidores da Pátria”, se repetiu na Venezuela com chavistas enfrentando “paramilitares”, e agora começou no Brasil com Black Blocs.
Há no Senado Federal um projeto de lei Anti-Terrorismo que dá ao governo amplos poderes para o governo localizar, reprimir e prender qualquer um que seja considerado um “terrorista”. A tipificação do terrorismo é coisa nova por aqui.
O projeto da lei anti-terror “define crimes de terrorismo” como o ato de “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa”.
Os Black Blocs, portanto, podem ser entendidos como aliados estratégicos do governo petista, na medida em que promovem exatamente o contexto necessário para fazer passar a lei que amplia os poderes de repressão política do Estado no período da Copa do Mundo.
Os paramilitares na Venezuela também prestaram o mesmo favor aos aparelhos de repressão do regime chavista. Não existem coincidências na política.
Nas igrejas e nas escolas
Mas para chegarmos a este clima de radicalização nas ruas – que lembra bastante os conflitos que antecederam o golpe de 1964 – foi antes necessário um grande trabalho de engenharia cultural para produzir uma sociedade polarizada o suficiente para abrigar tanta violência.
As sucessivas derrotas da esquerda levaram um pensador excepcional a elaborar uma estratégia de sutil e gradativa sabotagem da sociedade tradicional – cujo resultado seria o que passamos a ver no Brasil de hoje – para abrir caminho para a revolução.
O comunista italiano Antonio Gramsci deixou um dos maiores legado teóricos da esquerda moderna. Ele entendia que, antes da tomada violenta do poder, os revolucionários deveriam transformar a sociedade civil gradualmente, infiltrando os valores revolucionários nas escolas, universidades, igrejas, meios de comunicação, artes e cultura.
Gramsci ensinou que a esquerda deveria subverter os valores tradicionais de forma sutil e gradativa, familiarizando a população com os valores dos revolucionários que pretendem tomar o poder. O marxismo deveria estar nas igrejas e nas escolas.
Não existem coincidências. Em 2007 a Venezuela aprovou uma Lei da Educação que dizia claramente que a educação deveria ser “um instrumento fundamental na instauração do socialismo”. Os professores se tornaram, oficialmente, doutrinadores revolucionários.
No Brasil esse processo é tão intenso que alguns pais mais atentos fundaram uma organização para denunciar os casos de doutrinação ideológica nas escolas. A ONG Escola Sem Partido já denunciou dezenas de casos que ocorrem nas universidades e escolas públicas.
As provas aplicadas pelo Ministério da Educação rotineiramente são acusadas de trazer elementos de doutrinação ideológica, obrigando o estudante a concordar com valores, crenças e métodos revolucionários para acertar a pergunta e ser aprovado.
Gramsci também percebeu que uma instituição em especial era responsável por transmitir valores “anti-revolucionários” e precisava ser abolida: a família. Para o italiano, a família como tradicional deveria ser destruída e reformulada de acordo com os novos valores.
Coincidências inexistem aqui. O lobby LGBT sobre a educação pública, o lobby pela legalização das drogas, intelectuais defendendo sutilmente a pedofilia: tudo se explica quando levamos em consideração o que Gramsci defendia. Sim, ele é um ídolo da esquerda tupiniquim.
Aconteceu na Venezuela, está acontecendo no Brasil
A situação econômica da Venezuela foi o último estopim para manifestações em massa dos venezuelanos contra o regime chavista. Agora, contudo, o governo Maduro tem forças de repressão e respaldo da lei para caçar manifestantes como terroristas.
Um brilhante artigo do Instituto Mises resume: nossos vizinhos populistas gastaram milhões com programas sociais que geraram alta dependência estatal. Em seguida, iniciaram um controle rígido dos preços e salários. O Estado tomou conta de toda a economia.
Fazer do Estado um “Pai” que deve cuidar de tudo e de todos é o dogma ideológico comum dos chavistas e dos petistas. De acordo com esta “religião”, o “deus Estado” deve controlar tudo para garantir que os seus filhos vivam algo parecido com o Paraíso na Terra.
Durante anos, a Venezuela manteve um volumoso programa de gastos sociais combinado com controles de preços e salários e um mercado de trabalho rígido, além de manter, como política externa, uma agressiva estratégia de ajuda internacional voltada majoritariamente para Cuba.
Não por acaso, o Brasil também tem um enorme gasto com programas sociais. Não por acaso, o Brasil está fazendo altos investimentos em Cuba. Não por acaso, um parlamentar do PT apresentou um projeto de lei que estabelece um limite mensal de rendimento.
O caos econômico é a senha para radicalização do projeto populista. Mandar o Exército ocupar uma fábrica de papel higiênico para tentar resolver a escassez do produto é uma das soluções mágicas dos venezuelanos agora que a crise está instalada.
Diz o economista Rodrigo Constantino:
A Argentina, segundo o Observatório de Dados Econômicos e Sociais da CGT de Moyano, fechou o ano com inflação de 25,03%, a mais alta desde 2003, quando os Kirchner chegaram ao poder.
Para esse ano, muitos esperam uma inflação perto de 35%. A Argentina caminha rapidamente na direção da Venezuela, que fechou 2013 com quase 60% de inflação. Não existe imposto mais nefasto para os pobres do que a inflação. Ela rasga o tecido social e gera o caos.
O Brasil ainda não está no mesmo patamar de desgraça. Nossa inflação, por exemplo, tem se mantido perto de 6% ao ano – com vários preços administrados pelo governo congelados, é verdade. Mas a coisa, por enquanto, não saiu do controle. Ainda é possível reverter o quadro.
É por isso que a presidente faz pronunciamento no horário nobre da TV taxando de “pessimistas” os que enxergam na nossa economia um caminho que nos conduzirá pela Argentina da inflação descontrolada, até chegar à Venezuela da violência e do caos.
Os que sabem que capítulos de desordem e violência antecedem o totalitarismo já cunharam um termo para o Brasil do futuro: “Brazuela”. Que Deus nos ajude.
Referências:
(*) [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
(**) [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
(***) [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Recomendados:
(Artigo completo sobre panorama econômico da Venezuela) [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
(Paralelos da crise no Brasil e Venezuela)
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
(As ameaças da Lei Anti-Terrorismo)
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
(O infame projeto petista de limite de renda)
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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Thiago Cortês
Thiago Cortês é graduado em sociologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP). Há mais de dez anos trabalha como jornalista e, atualmente, presta serviços de consultoria política.
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