É a Congregação Cristã Pentecostal?

por **Lourival soldado cristão** Ter 22 Abr 2014, 21:04

Texto extraído do "Apologética CCB".

Em um artigo compartilhado pelo Roberto Soares que recebi via twitter, Jarson Brenner fala do mal dos pentecostais atuais serem contra o “cair no Espírito” e o “Rir no Espírito”.

Achei muito interessante o artigo, pois realmente ele cita o comportamento dos pentecostais na origem do pentecostalismo, o que me fez imaginar o porque desse comentário do Leonardo Alves sobre a classificação da CCB:

"Sobre nossa Identidade. Algumas considerações sobre Pentecostalismo.

Possuímos ligações históricas (o contato com a Missão de Durham e a Igreja de Azusa) e doutrinárias com o Pentecostalismo, mas…

Em 1936, em resposta ao Censo Religioso dos EUA, o ir.Max Tosetto e o ir.Francescon escreveram ao Census Bureau que éramos uma comunhão de congregações “não sectária e não denominacional”, embora a igreja na Itália na época possuia o nome legal de “Congregazione Cristiana Pentecostale”.

Mais tarde, aparece em outro documento da igreja americana, como “não toleramos ou praticamos os excessos cometidos sob o nome de Pentecostalismo”.

Em uma breve nota a David DuPlessis, o ir.Francescon pediu que não referisse a nossa igreja como Pentecostal mas “simplesmente cristãos”.

Em um diretório das igrejas Pentecostais de Chicago em 1920 tem 18 igrejas listadas, mas não registra a Obra Italiana, mesmo havendo um cordial relacionamento.

Um nome empregado para nossas igrejas na década de 1930 era que somos uma igreja do “tutto vangelo” - do Evangelho Pleno ou completo, tanto que ainda hoje a igreja do Menconi em Chicago chama-se Church of the Full Gospel, e nas publicações da Christian Congregation de Chicago aparece “A non-denominational Full Gospel church”.

É difícil classificar a CC dentro do espectro do Protestantismo, pois ela possui mais características do Protestantismo Italiano (o que incluem os Valdenses, Chiesa dei Fratelli e a extinta Chiesa Libera) do que o Protestantismo Anglo-Germânico.

Também a CC possui uma forte herança do Movimento das Igrejas Livres do século XIX, que gerou denominações como a Free Church of Scotland, os Irmãos de Plymouth na Inglaterra e Continente (na ata de desligamento do ir.Francescon da Igreja Presbiteriana Italiana de Chicago diz que ele estava pregando o “darbismo”), as Churches of Christ nos EUA, a Chiesa dei Fratelli na Itália, e também o movimento da Apostolic Christian Church (Froehlich, seu fundador, estudou no Seminário Livre de Genebra, onde também estudou o Rochat que foi mentor de Phillip Grilli, pastor da First Italian Presbyterian Church de Chicago na época de Francescon).

Particularmente, prefiro a designação “Não-sectário, não-denominacional cristãos do evangelho pleno”, mas em papéis acadêmicos frequentemente classifico a CC como Pentecostal Clássica, por não achar outra classificação melhor."

Lembro-me de ter criticado os excessos do pentecostalismo e achei engraçado que o artigo acima é mais voltado aos assembleianos como o Ciro Sanches Ziborgi (vide os comentários no artigo do Jarson) e o Gutierres Siqueira (Recomendadíssimo por mim) do que a mim e a Congregação, e acima está o porque.

Meus comentários

Todos sabem que o termo “pentecostalismo” é apenas uma classificação simplista atribuida aos movimentos que acreditam que o dom de falar novas linguas ainda é vigente em tempos hodiernos, independentemente de exageros, tradição histórica da denominação, origens e demais variáveis de menor monta.

Sendo assim, a Congregação Cristã no Brasil na qualidade de denominação que dá crédito para o dom de falar novas linguas é classificada como uma igreja pentecostal. Essa classificação é puramente teológica, didática. Dentro desse ponto de vista negar isso é negar o óbvio.

Os argumentos para não levarmos esses rótulos é somente uma tentativa de não sermos comparados com nenhum outro grupo (temos ojeriza a isso, não gostamos de ser comparados com ninguém).

Interessante que nos preocupamos com essa classificação para não sermos confundidos com as demais denominações pentecostais (tradicionais ou não) e não damos a mínima quando somos comparados com grupos “paraprotestantes” (tais como as Testemunhas de Jeová e os Mórmons) pelo exclusivismo sectário que sustentam, pensamento muito comum na mentalidade dos membros da Congregação Cristã no Brasil.

Em outras palavras deixamos de dar importância ao que realmente merece importância.

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